Cultura da idiotice
Se ouço mais um argumento de auto-convencimento de superioridade moral, de combate da luz contra as trevas ou do progresso contra o atraso, rebento. Irra, façam dois grandes clubes de futebol e disputem lá um campeonato a dois*...
E pronto, como um convidado não se deve portar mal (por exemplo, fazendo posts de pura refilice), deixo uma pergunta: afinal qual seria a situação ideal? Se houvesse dinheiro e vontade, e tivesses tu de legislar do zero, como farias? Dedicavas mundos e fundos à prevenção do aborto e à ajuda às mulheres grávidas? Manterias a lei actual? Se pudesses escolher para além do sim e do não, dar uma resposta global, que proporias tu? (e aqui vale tudo, desde a liberalização total até à criminalização do aborto até em caso de risco de vida da mulher)
* Andei a ler blogs... Hei-de ver se não repito muito a gracinha, que deixa-me mal disposto...
E pronto, como um convidado não se deve portar mal (por exemplo, fazendo posts de pura refilice), deixo uma pergunta: afinal qual seria a situação ideal? Se houvesse dinheiro e vontade, e tivesses tu de legislar do zero, como farias? Dedicavas mundos e fundos à prevenção do aborto e à ajuda às mulheres grávidas? Manterias a lei actual? Se pudesses escolher para além do sim e do não, dar uma resposta global, que proporias tu? (e aqui vale tudo, desde a liberalização total até à criminalização do aborto até em caso de risco de vida da mulher)
* Andei a ler blogs... Hei-de ver se não repito muito a gracinha, que deixa-me mal disposto...
23 Comments:
O que se podia fazer, criar uma linha de informação, com base na experiência de outros países e também da opinião do sim e do não, realmente diversificada e dando voz a outros que não os fazedores habituais de opinião, em horário nobre na rtp, em vez de uma novela, e também na internet e porque não nos jornais, isso obrigaria os orgãos de informação a dedicarem uma parte do meio que usam à especialização do interesse, publico, isenção e pluralidade, talvez esta linha pude-se ser também feita através dos hospitais, visto que seria interessante que as opiniões saíssem das tocas, era bom que cada especialista não reina-se no seu reino, falo dos médicos.
gastaria dinheiro na informação, criando um canal de interesse publico, participação e referendo, que como projecto interdisciplinar, servi-se para vários referendos.
Esta linha de informação serviria como chamada à consciência de cada um, em seguida, no caso de os votos darem uma
Proibiria as consciências parcelares, além de que proibiria a consciência intelectual das grandes causas, obrigaria a executar a consciência holistica.
De uma maneira pratica, assim como existe um cartão quando se doa os órgãos, quem fosse contra o aborto, contra a morte de um ser frágil, tão frágil (discutindo-se quando se forma esse ser já humano), bem os membros desse cartão, não poderiam ser egoístas e mesquinhos ao ponto de não terem um pensamento holistico, e no caso de defenderem a fragilidade dos seres quando lhes toca à consciência de espécie, na fragilidade do humano; teriam assim que fazer voluntariado, em cresces para tomarem conta dos filhos dos outros, porque as cresce apesar do envelhecimento da população estão superlotadas, teriam que dispensar a mulher a dias dois dias por semana para ela ir ao cinema, ao baile, para ela não pifar, teriam que fazer voluntariado na liga de protecção dos animais, teriam inspeccionar que as zonas de caça e por cada rola abatida criar uma em casa e mais tarde deixar esvoaçar, teriam que dar subsídios aos artistas porque estes fazem com que matéria que parece triste-mente inerte e antropomorficamente funcional e pobre, ganhe vida e uma autonomia para além da compreensão, apaziguando-nos com a imensidão do cosmos.
Além deste cartão dos amigos da fragilidade, teriam que conferenciar com os amigos da força que também teriam um cartão, além de que teriam que ter um pensamento holistico, e executável também.
Bem, alem dos cartões, acabava com a prevenção seja do que for, cada um seria julgado pelas suas incoerências holisticas, seria punido pelo seu conhecimento espartilhado em créditos, todas as semanas, poderiam se fazer tribunais de amigos... A punição seria paga em créditos de amizade holistico (explicas-se-á mais tarde o que isto é com o tempo).
Os amigos com cartões diferentes deveriam acima de tudo concorrer para diferentes execuções, tendo em conta a diferença que os separa, sendo esta mais ou menos empatante, algumas seriam impossíveis de executar como agora se passa, principalmente acabaria-se com a estupidez que o conhecimento parcelar, e individualmente interessado cria; proteger o que é mais próximo negar o mais longínquo, do conhecimento holistico haveria de aparecer consciência neste pais.
Tudo se faria a uma dimensão estupenda há dimensão de planetas.
Se alguém aborta-se seria por amor para dar vida, não para reduzir tudo ao medo do ultimo homem. Estaremos sozinhos no espaço.
UM SANTO NATAL E QUE 2007 SEJA DE FACTO UM "ANO ÍMPAR"... :-)
Eu obrigaria todos os papás, mamãs e vovós a amarem e desejarem os seus rebentos. Os que se mostrassem reticentes a querer os seus filhos e netos deveriam submeter-se a terapias por meio de hipnose, e nos casos em que ter ter os filhos implicasse uma redução drástica da qualidade de vida, a miséria, a morte, o desemprego, a impossibilidade de continuar a estudar, etc, dever-se-ia recorrer novamente à terapia por hipnose de forma a que todos ficassem felizes e agradecidos com a sua nova vida.
Os papás, mamãs e vovós que se mostrassem reticentes a ser submetidos a esta terapia deveriam ser orientados para a verdade, por meio de tortura ou qualquer outro meio persuasório eficaz. Na eventualidade da morte dos progenitores, as criancinhas deveriam ser leiloadas, já que concerteza haveria muita gente interessada em adoptá-las, e os fundos deveriam ser destinados a caridade. E nos casos de famílias muito numerosas sem qualquer noção de planeamento familiar, deveria proceder-se ao laqueamento de trompas das progenitoras e à... como se diz...? dos progenitores.
E já está; acho que não deixei nada. Assunto resolvido e todos felizes.
Acho que me deveria fazer legislador...
;)
Olá /me
Tu não és convidado; és dono da casa!
A tua provocação é tramada!
A minha opção seria, como poderás adivinhar, por um investimento sério e sistemático na prevenção e ajuda.
Sem ter a ilusão de resolver todos os problemas. Mas não é a solução para tudo que está em causa: é a definição de fronteiras legais. Não existem mundos ideais, nem soluções perfeitas.
Ainda gostava que me explicassem a lógica da(s) Igrejas ser(em) contra o aborto. Diz(em): já há uma vida. Logo, com alma. Certo. Agora, ao morrer, essa vida vai para o Céu ou o Inferno?
Se vai para o Céu, para toda a eternidade, segunfdo a teologia, abençoado aborto, que evita o risco deo inferno e garante a felicidade perene.
Se vai para o inferno (condenação eterna, segundo a "teologia" cristã), a alma da criança sem culpa nenhuma, então Deus é monstruoso, o pior e mais odioso de todos os juízes.
Ou não é?
Olá Anónimo das 4:59 PM!
Acredito que ainda possa ouvir, ou ter ouvido, essa doutrina, infelizmente foi bastante pregada... É verdade que ainda há uma visão, muito marcada de forma mitológica, do céu e do inferno. E das imagens de Deus que por aí andam nem se fala...
No entanto devo dizer que a argumentação que apresenta não tem muita pertinência, nem percebo onde quer chegar. A vida humana é um valor inestimável e tal começa precisamente no momento da concepção. A decisão de pôr termo a essa vida parte de um adulto que tem essa capacidade. Não é uma morte natural, nem nada que se pareça. (Este ponto já foi várias vezes comentado)
Entrando no campo da religião, mais precisamente sob o ponto de vista Cristão, a Igreja, como é sabido, defende o valor primordial que é o da vida. Logo, só pode ser contra tudo o que lhe ponha termo, de forma indevida. (Seja aborto, seja eutanásia, seja opressão de que tipo for, etc etc.)
/me percebo a tua irritação!
Eu apostaria numa formação humana séria, desde a tenra idade até à velhice. Formação onde se apostaria nas relações humanas, no respeito, no acolhimento.
Paulo, peço-lhe desculpa pelo que vou dizer, mas agora fui eu que fiquei um bocadinho irritado! Sei que a conversa nem tem a ver comigo, mas francamente, estas conversas sobre deus e a igreja são cada vez mais demagógicas e incoerentes. Ninguém se entende! Parece que a igreja é uma instituição formada por elementos totalmente independentes uns dos outros a nível ideológico -- cada um interpreta as escrituras como quer e como lhe convém, com tal de ser sempre o mais politicamente correcto possível!
Ainda há bem pouco tempo o Vaticano estava em polvorosa com o tema do inferno e do limbo e parece-me que chegaram à brilhante conclusão de que de facto existiam!! Peço desculpa se estou mal informado mas, com a pouca atenção que presto a estes temas, foi a ideia com que fiquei. E depois há o tema de colocar fim à vida de forma indevida, onde coloca, a título de exemplo, o tema da eutanásia. Tem a noção do que está a dizer?? Sem comentários...
Fala ainda da opressão e do respeito... Mais uma vez: tem a noção do que está a dizer, sobretudo enquanto cristão??? A igreja é a primeira em institucionalizar a opressão e promover e exclusão -- acaso andamos todos com os olhos tapados?? Veja o respeito que tem pelos homossexuais, ou pelas mulheres! Num mundo supostamente evolucionado em que lutamos todos pela igualdade de género, por exemplo no meio profissional e familiar, como se pode tolerar e defender ainda a postura claramente misógina da igreja?? Acredita, sinceramente, que a igreja tem legitimidade para predicar o respeito, a fraternidade, a igualdade, o amor entre os homens?
Ao menos admitamos que, enquanto instituição, se não quisermos envolver-nos noutras posturas epistemológicas, há imensos falhos na igreja. É a extrema direita feita religião: pintemos um quadro de uma típica família feliz, pai, mãe e dois ou três meninos sorridentes a fazer os deveres enquanto a mãe prepara o jantar e o pai regressa da horta ou da fébrica e ficamos todos felizes. Só falta que soe em fundo "é uma casa portuguesa, concerteza" e é o céu!!
Para quê andar com paninhos quentes a tentar justificar(-se) o injustificável e absurdo?? Não é verdade que são tudo metáforas: céu, inferno, hóstia sagrada, água benta...! Expliquem, se quiserem, aos vossos filhos, para parecerem pessoas razoáveis e esclarecidas, que se trata tudo de metáforas, mas isso É MENTIRA! A igreja acredita que as hóstias contêm imbuído o espírito de deus, acredita que as figuras dos santos são mais que meras peças de mármore, acredita nos anjos... Acreditem vocês no que quiserem mas parece-me a mim que nem vocês próprios acreditam na igreja! Acreditam, isso sim, na vossa versão pessoal, fabulada, manipulada segundo as vossas necessidades pessoais, como se se tratasse de um móvel -- um sofá! -- feito à medida! Porque se recusam a acreditar que a história que vos foi contada e que vos garante o perdão eterno não é mais do que o consolo dos pobres de espírito, o pão dos famintos, e que é o medo que vos move.
...
Não preciso de reler o que escrevi para saber que me passei muito, que se nota que estou a escrever exaltado e não propriamente agradável. Por favor acreditem que não quero ofender a ninguém, podia dizer que é culpa do dia que não me correu propriamente bem, mas, lamento, já não tenho paciência para estes contos do arco-da-velha hipócritas e sem pés nem cabeça...
Mais uma vez peço que me desculpem a sinceridade.
Anónimo (e enoch)
Respondendo à pergunta (que apetece meter o dedo na conversa teológica mas não acho que seja este o espaço próprio). Antes de elaborações teológicas (não as estou a desvalorizar) o cristão tem regras bem definidas para cumprir. Uma delas diz" não matarás".
Olá Enoch!!
Muito obrigado pelo comentário. Não tem de me pedir desculpa, está no seu pleno direito. Devo dizer que há afirmações que faz que subscrevo.
Quando faço um comentário, penso e repenso sobre o que vou escrever. Primeiro porque vêm-me à mente situações concretas e reais com as quais me deparo; segundo porque, enquanto cristão sofro imenso com muitas das coisas que afirma no seu comentário. Tenho consciência que muitas vezes posso cair num discurso demasiado demagógico e até incoerente com algumas coisas que são afirmadas por algumas pessoas da Igreja (até mesmo do Papa). Nem tudo o que o Papa diz é dogma, havendo questões que se podem dialogar.
Acabando por me justificar sobre o último comentário, devo dizer que há coisas que leio (não me refiro especificamente ao comentário do "Anónimo") que revelam alguma falta de conhecimento, por um lado, e por outro uma tentativa constante de ataque (consciente de que por vezes com alguma razão) à questão de Deus e da Igreja. Bem, na medida que me for possível tento defender a minha "família", tendo consciência que tem grandes manchas infelizes no seu passado, e alguns elementos que deixam a desejar. No entanto, é a minha "família".
Se se tem apercebido tenho evitado ao máximo relacionar Deus e aborto nos meus comentários. Neste último saiu...
P.S. - Enoch, gosto de pessoas verdadeiras! Obrigado! :)
É curioso como, apesar de todas as tentativas em contrário, muita da "conversa" que aqui se tem, vai parar a Deus e à Igreja.
É compreensível.
Mas nem os erros passados da Igreja (que os há, e gordos!), nem os presentes (abundantes!), retiram autoridade ao seu pronunciamento sobre o que está em questão no referendo.
Inibo-me, por pudor, de insistir no que deve a cultura ocidental ao cristianismo. Não cabe nesta discussão. Mas seria bom não fundamentar em fantasmas de mediatismo pós-moderno a discussão com quem defende o Não no referendo. Não ajuda. Nem clarifica nada.
E se eu, como crente, abdico do discurso religioso neste debate, parece-me estranho que não crentes invoquem Deus para contra-argumentar.
não me levem a mal, já que falam de sinceridade, não acham que provocam um pouco ao escreverem no meio aberto como internet, textos que partem de um principio mais ou menos informado, mas sempre repressivo, sempre afirmativo dos valores milenares, sempre a falarem da igreja como se cada um tivesse dentro de si o que é para a igreja a igreja, parece-me que para muitas pessoas que se vêem de fora do que afirmam o que dizem não passa de megalomania institucional, pessoas que se agarram a uma corrente tradicional em termos culturais, porque em termos filosóficos e práticos o discurso não faz sentido, alguém diz a igreja diz "não matarás", fala-se do que, da morte física ou mental, poderemos aniquilar completamente a vida psicológica do outro mas não a vida física.
Esta opções que conservam um desrespeito pela vontade individual, pelo esforço que as pessoas fazem por manter a sua vida física, e o animo diário, em prol de conceitos tradicionais dubios, parece-me que se usa a religião mais para cada um manter a maneira como foi educado e não para aprofundar nada na sua espiritualidade.
Para mim este uso é brutal...
Não há como contornar a igreja quando falamos da IVG. Do lado do sim há muita gente que tenta evitar essa discussão, mas o discurso do não arrasta-nos sempre para uma noção sacralizada da vida com raízes profundas na doutrina cristã.
E como é que se reage perante tiradas de "defesa da vida" vindas de uma instituição que aceita a guerra e a pena de morte?
O /me queixa-se dos discursos da luz contra as trevas e bem porque nenhum dos lados foi iluminado nem o outro tem parte com o demo. Mas não deixa de ser verdade que o debate da IVG está envolto numas trevas bem cerradas nesta questão concreta do "direito à vida", tendo em conta a posição de uma grande maioria dos intervenientes que, sendo católicos que engrossam as fileiras que dão força à instituição, não podem deixar de ser representados por ela numa questão tão fundamental como esta.
luis v
a questão de se usar o nome de deus ou não também não é muito prática, já que ele está em todo o lado, não podemos ser abrangentes só quando nos convem, porque se não no aborto só existe a questão médica, à questão médica juntam-se questões métafisicas e de crença, questões sociológias e questões psicológias, entre outras muitas.
parece-me que é ponto assente que o sim ao aborto não será um sim para todos, será sim para uns e não para outros, quer saia ou não a lei, saindo a lei será sim para uns e não para outros, os que dizem não querem que seja não para todos, como até aqui, só que apesar de uns quererem não para todos é sabido que mesmo sem lei isso não aconteçe, o problema é assim platónico, manter a instituição estado como detentora do ideal, mesmo que esta não se adeque ao modo como as pessoas vivem.
uns sentem que lhes escapa o ideal institucional, os outros querem viver e só pensam nisso quando a decisão lhes bate à porta, temos assim uma força intelectual que defende uma familia conceptual por um lado e desgarrados que no seu refluxo imanente real perdidos na imagem em movimento da tv se esquecem de ir votar; e no caso de acontecer vão ter que ir a espanha.
comprimentos constantemente sinceros se calhar indelicados
O comentário do Enoch deu-me que pensar e, por este não ser o local para teologias (tal como afirma o David) escrevi um texto que podem encontrar aqui:
http://oinsecto.blogspot.com/2006/12/mistrios.html
Um Abraço!
este é um local de que?
comprimentos em diferentes espaços, e diferentes sitios.
Não estou em tempo de comentar;) mas não posso deixar de dizer ao Enoch que sim, creio no céu, no inferno, nos anjos e nos santos, e na terrível cegueira e surdez dos humanos.
Quanto ao magistério romano, tem que ver com tudo isto, inclusive com a terrível cegueira e surdez.
Outras considerações seguirão no momento oportuno.
Considero também a questão teológica como fundamental (não fosse eu um fundamentalista;) ou se preferirmos, o crer-se ou não no divino é elemento constituinte fortíssimo do ponto de vista acerca do mal, da vida, etc Pretender-se que se pode suspender o sagrado e logica e humanamente sobrepor células pulsantes à vontade duma mulher adulta e responsável é, no mínimo, problemático.
Considero também o dizer-se que o magistério romano é claramente contra todo o tipo de morte espiritual e psicológica e social, isto é, contra as opressões e injustiças e angústias da humanidade - ou uma ingenuidade, ou uma hipocrisia. Nem a política nem as altas finanças vivem de tal - e esta aplica-se também aos governos e suas eleições e referendos :P
Abraçuns e boas festuns.
O questão do aborto resulta de um conflito entre os interesses/direitos da mãe e os do feto. São importantes o estatuto do feto (tecido da mãe? pessoa humana? algo intermédio?) e os princípios que devem reger as situações de vida ou morte quando existem estes conflitos entre entidades.
A discussão pode ser feita sem recurso à doutrina da Igreja. Muitos dos que defendem o "sim" fogem mesmo da discussão destas questões em termos gerais.
A Igreja tem aparecido a defender a vida biológica a todo o custo. Isso não me parece especialmente adequado: primeiro porque vem de um instituição que nunca mostrou grande respeito pela vida biológica e segundo porque confunde a vida espiritual com a vida biológica.
A Igreja tem algo a dizer no que diz respeito à resolução de conflitos entre pessoas. Não me parece que tenha grande autoridade no que diz respeito ao estatuto do feto, apesar de andar a tentar defender uma posição de defesa da vida biológica desde a concepção (sem assumir claramente as enormes dificuldades que tal posição acarreta).
como se pode ter fé sem misturar a vida biológica com a vida espiritual, é um movimento de magia?
a sociedade laica faz esse golpe de magia, mas é magia maluca se não, não se percebia este desespero consumista.
o senhor Vitor Mácula parece-me falar de escolha, quem é pelo não porque pensa que assim afirma a vida humana plenamente, parece quanto a mim querer fugir do momento decisória em que se tem que fazer uma escolha funesta, entre a vida da mãe e a vida do filho, sim porque a morte e o renascimento, biologico ou espiritual não acontecem uma vez na vida mas constantemente, e se assim é cada um e mesmo a igreija, tem momentos dicisórios neste movimentos.
a melhor escolha no limite, porque este é um tema limite é aquele que deixa o momento decisório em aberto e deixa que cada um decida espiritualmente e biológicamente a morte e o renascimento.
Apertos Natalicios.
Eu não sou "pelo não", caro Índio, e aliás, nem "pelo sim". Basta ler os meus posts e comentários neste blog para tal perceber-se claramente.
Aberturas natalícias ;)
E já que aqui estou e reli o meu comentários, queria acrescentar que o facto de saber que a política mundial e as altas finanças não se regem pelo combate à injustiça e angústia humana (ou não só) não estou com isto a querer dizer que se deva reformar os governos e magistério romano a desligar-se dos interesses politico-financeiros mundiais, nem sei se tal é possível ou sequer desejável. Passa-se somente que as coisas são o que são, e é escusado querer impor regras de futebol num jogo de xadrez ou o inverso. O mundo é um lugar estranho. E as igrejas não são apenas espiritualidade (ou nem todas).
PS: Gosto de ingenuidade; detesto hipocrisia. Acho eu.
"como se pode ter fé sem misturar a vida biológica com a vida espiritual, é um movimento de magia?"
Conta-se que no combate à heresia cátara as forças do Papa chegaram a uma cidade onde havia muitos herejes e também católicos fiéis. Os chefes militares queriam saber como distinguir uns dos outros ao que lhes foi respondido: matem todos que Deus há-de saber quais são os seus. E assim fizeram.
"como se pode ter fé sem misturar a vida biológica com a vida espiritual, é um movimento de magia?"
O exemplo do senhor é interessante partindo do principio que -a vida espiritual- é um efeito especial, que se materializa ex: cairia uma pedra do tamanho de um piano ao lado dos hereges do céu o que os assinalaria.
Ou se calhar a argumentação vai no sentido que um assunto não se deve misturar com o outro; como se puderia não misturar se combatiam a heresia?
Penso que esse chefe militar tinha um conhecimento limitado daquilo que se pode chamar vida espiritual, que Deus diga quem devo matar é caricato, que a experiencia espiritual anterior, desse melitar já tivesse dádo fruto e Deus já lhe tenha dito quem devia matar e quem não, e que nesse cazo Deus não tenha encontrado nenhum crente.
Na inquisição ainda faziam entrevistas, acho, mas a minha argumentação penso que não vai por ai, porque os hereges também podem ter vida espiritual, o problema ai refere-se mais a questões politicas , culturais e linguisticas, como se critaliza a diferença das crenças, que mesmo podendo ter o mesmo sentido silencioso o seu sentido comunicante destroi o entendimento.
Falava da impossibilidade de não se misturar vida biológica com a vida espiritual, no sentido que por mais cientificamente e de forma isenta, que se queiram tratar dos temas, todos nós partimos de premissas muito mais profundas, assim que o melhor para as discussões é por logo a limpo para não haver enganos.
No comentário em que referi a pessoa do senhor Vítor Mácula não dizia, que o senhor era a pelo sim ou pelo não, em traços gerais penso que sua posição é discernida.
A ideia éra outra falavá da diferença entre uma ideia e adequação à vida, na prática, não se fazer sem instantes decisórios muitas vezes contraditórios, complicados, muito dificeis como o cazo que se discute.
Felis natal, que o convivio nos aqueça, que está frio.
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