Toda a pequena palavra sim
Eu quero tanto que Tu venhas, invocação primeira e secreta, e tanto por angústia e morte sentida, por interesse em pânico, pequeno cristal que estremece desde a mais pequena infância, oh Tu o Sem Nome que o primeiro frémito de vida própria chama em grito e adoração por si oh sim por mim próprio.
O louvor em brisa, temor e tremor, o louvor Sem Nome. O louvor pela própria vida, a vida Sem Nome que atravessa o frémito oh raios me atravessa e me dá nome desde sempre Sem Nome.
É verdade que é mal Sem Nome apagar qualquer nome secreto, de todo o ser e consciência que se abre à presença viva, que aqui se rasga como uma pequena tremura que rapidamente desaparece. Não apagues o nome Sem Nome que pulsa desde o primeiro florescimento até ao fenecimento da flor ida, assim grita a fala que nos atravessa desde o primeiro estertor, oh sim sem dúvida é o primeiro mandamento da vida, fundante como uma verdade real, são terríveis todos os males Sem Nome que perpetuamos diariamente.
Mas a letra da lei é surda, não passa duma pequena sombra segunda da própria angústia, e consegue tanto sair desta como a larva morta tornar-se borboleta. Por isso se clama e apela algo de fora, algo da vida própria e real que a transfigure e simplesmente lhe dê vida, à angústia e assim à lei e a toda a palavra apagada ou esquecida ou simplesmente incerta.
1 Comments:
Olá, Vítor,
Encontrei um texto - A Ética na Defesa da Vida - que está relacionado com a conversa que tivemos na sequência do seu post "Nota3, sejamos claros" (espero que tenha lido aí o meu último comentário). Se tiver interesse, visite-o.
Cumprimentos,
Rui
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