O dia seguinte
A indefinição quanto ao que vai ser o dia seguinte, no caso de o sim ganhar, é uma razão muito séria para que se opte pelo não. Um desenvolvimento de algumas questões em aberto pode ser encontrado neste post.
No próximo referendo sobre o aborto votaremos Näo. Aqui se tenta explicar porquê.
4 Comments:
Mas Sabemos o que vai acontecer se o não ganhar:fica tudo na mesma .
Ou seja, 20.000 abortos clandestinos por ano, julgamentos e prisões de mulheres.
anonymous
Corrigindo:
Abortos clandestinos: entre 18.000 (estudo da Associação para o Planeamento da Família - pró-legalização) e 1.800 (www.assimnao.org - anti-legalização);
Julgamentos: 2;
Mulheres presas: 0.
Se ganhar o não algo pode mudar. Porque não deixar de punir com prisão (ou descriminalizar mesmo) a mulher que aborta, mantendo a pena para quem colaborar na prática do aborto? Ou admitir-se a realização do aborto sob determinadas condições, como a necessidade de aconselhamento prévio e pago por quem decide fazê-lo?
Será que a alternativa à despenalização é um direito ao aborto gratuito no SNS, quando até uma consulta na urgência paga uma taxa moderadora?
Será que para um tratamento de infertilidade se pode esperar anos e gastar fortunas em medicamentos mas para um aborto há sempre disponibilidade no SNS?
CA,
Aliás, acho extraordinário que os adeptos do SIM não se tenham importado absolutamente nada com esta questão. Até em termos de estratégia, teriam toda a vantagem em chegar ao dia do referendo com propostas claras e definidas. Mas não. à boa maneira portuguesa, logo se vê...
Caro Anónimo,
As razões que refere são chavões desprovidos de realidade conhecida.
Não sabemos quantos são os abortos clandestinos, precisamente porque são clandestino; quanto aos julgamentos e prisões... mostre lá números.
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