A /me'nha opinião
Esta questão é demasiado complicada. Para mim, vai bem para além de dicotomias simplistas.
Não sei se concordo com a possibilidade de se poder abortar no caso de violação ou no caso de deficiência do nascituro (mas aceito-o como sendo, de momento, facto consumado, sobre o qual não tenho de pensar). Não tenho o mínimo de dúvidas de que o aborto deve ser permitido no caso de perigo de vida para a mulher.
Não, não considero o nascituro (que palavra conveniente) uma pessoa como eu ou como quem me lê. Não fazemos funerais a abortos (naturais) de 3 meses, mas já fazemos a crianças de 3 meses. É porque alguma diferença há. Não obstante, é vida, tende para gente, homem ou mulher.
Acho que faz sentido (na discussão actual) discutir se se deve poder abortar até às 8 ou até às 12 semanas, se se deve alargar o número de casos em que se pode abortar (para poder, por exemplo, incluir o caso de adolescentes que não têm maturidade ainda para ser mães, seja aos 12 ou aos 19; sei que é complicado, mas com criatividade tudo se faz) ou restringir a prática do aborto. Acho que faz sentido discutir as penas. Não acho que faça sentido despenalizar, pura e simplesmente. Sinto que o aborto não é uma área em que o Estado possa estar calado; por regra, e a menos que haja razões lícitas, tem de se dar um sinal de reprovação a esta prática.
Para ser mais concreto, acho mesmo que se deveria aprofundar o que significa haver lesões para a saúde psíquica da mulher grávida (aqui cabem, quanto a mim, as adolescentes grávidas cujos pais imaginam virginais, a mulher com 5 filhos casada com um bêbado que a maltrata, sei lá, as piores situações). É mais uma questão de interpretação da lei do que necessidade de a alterar.
Feito isso, quem abortar sem ser por essas razões (qualquer uma das atrás indicadas), mas por critérios egoístas, desculpem-me, mas não me importo muito que vá para a cadeia. Mas talvez seja a minha insensibilidade masculina. Submeto-me ao contraditório, com a consciência de que sei pouco, e com a vontade de aprender dos outros.
Não sei se concordo com a possibilidade de se poder abortar no caso de violação ou no caso de deficiência do nascituro (mas aceito-o como sendo, de momento, facto consumado, sobre o qual não tenho de pensar). Não tenho o mínimo de dúvidas de que o aborto deve ser permitido no caso de perigo de vida para a mulher.
Não, não considero o nascituro (que palavra conveniente) uma pessoa como eu ou como quem me lê. Não fazemos funerais a abortos (naturais) de 3 meses, mas já fazemos a crianças de 3 meses. É porque alguma diferença há. Não obstante, é vida, tende para gente, homem ou mulher.
Acho que faz sentido (na discussão actual) discutir se se deve poder abortar até às 8 ou até às 12 semanas, se se deve alargar o número de casos em que se pode abortar (para poder, por exemplo, incluir o caso de adolescentes que não têm maturidade ainda para ser mães, seja aos 12 ou aos 19; sei que é complicado, mas com criatividade tudo se faz) ou restringir a prática do aborto. Acho que faz sentido discutir as penas. Não acho que faça sentido despenalizar, pura e simplesmente. Sinto que o aborto não é uma área em que o Estado possa estar calado; por regra, e a menos que haja razões lícitas, tem de se dar um sinal de reprovação a esta prática.
Para ser mais concreto, acho mesmo que se deveria aprofundar o que significa haver lesões para a saúde psíquica da mulher grávida (aqui cabem, quanto a mim, as adolescentes grávidas cujos pais imaginam virginais, a mulher com 5 filhos casada com um bêbado que a maltrata, sei lá, as piores situações). É mais uma questão de interpretação da lei do que necessidade de a alterar.
Feito isso, quem abortar sem ser por essas razões (qualquer uma das atrás indicadas), mas por critérios egoístas, desculpem-me, mas não me importo muito que vá para a cadeia. Mas talvez seja a minha insensibilidade masculina. Submeto-me ao contraditório, com a consciência de que sei pouco, e com a vontade de aprender dos outros.
PS: Permitir-se o aborto a uma mulher porque esta não tem como sustentar o filho é demissão da solidariedade na sociedade, e é o que me choca mais que tudo.
8 Comments:
NÃO DEVERIA HAVER PENALIZAÇÃO PARA O BÊBADO QUE MALTRATA A MULHER? E OUTROS CASOS IDÊNTICOS.
SE SABEMOS QUE ESTE É UM MAL DA SOCIEDADE PORQUE NÃO TENTAR SOLUCIONÁ-LO.
DEIXAMOS QUE CONTINUEM A ACONTECER MAUS-TRATOS E OUTRAS DESUMANIDADES SABENDO PERFEITAMENTE QUE EXISTEM?
"Permitir-se o aborto a uma mulher porque esta não tem como sustentar o filho é demissão da solidariedade na sociedade, e é o que me choca mais que tudo." -
CONCORDO PLENAMENTE, ESTA É A CHAVE DO PROBLEMA.
(desculpem o "caps-lock, só reparei quando já tinha escrito; não foi intencional)
X.
Concordo plenamente. Acho que não devemos despenalizar o aborto, devemos é ter em conta cada caso.
Uma coisa é uma mulher que aborta porque não tem condições financeiras, outra coisa é a mulher que aborta por razões egoístas.
Só que lá está! Isto daria muito trabalho! Isto implicaria criar as tais condições necessárias para ajudar as mulheres - às vezes muito jovens - a terem os filhos!
O Governo prefere apostar na política do "vai fora e pronto". Nem o envelhecimento da população o faz mudar de ideias! Incrível!
Nenhuma mulher aborta por razões egoístas.
Só mesmo um homeme ou uma mulher que nunca teve filhos pode pensar isso.
bluesmile, existe pelo menos uma excepção, eu! Sou mulher, tenho filhos, e creio que muitas mulheres abortam por razões egoistas.
O aborto é usado como tecnica de doping:
http://www.uci.ch/english/health_sante/docs/side_effects.pdf Ler pagina 11
O que me parece bastante egoista.
Camilo do forum paroquias.org
Não é o aborto que é um Doping, é a Gravidez.
Parece que a Gravidez nas primeiras semanas aumenta a performance em atletas.
Ora cá está um bom exemplo de gravidezes por motivos estritamente egoístas.
Anónimo:
Não faço ideia nem do teu sexo, nem da tua identidade, porque ao abrigo do anonimato, todos podem inventar o que quiserem e até travestir-se para inventar argumentaçãoes "de género".
Portanto, com todo o respeito, não acredito que sejas mulher, muito menos com filhos.
Bluesmile,
Sem desprimor para a tua opinião no geral, no caso concreto de uma mulher que engravide para melhorar a sua performance, e depois aborte (não faço ideia se isso acontece mesmo?), não concordas que a sociedade deveria desencorajar fortemente esse comportamento?
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