Como decidir?
Como o Manuel transcreve aqui, o resultado do referendo parece estar em aberto. O que significa que a barragem artística/intelectual/jornalística a favor do Sim, que domina os meios de comunicação, não decide sozinha. Há gente que escuta outras vozes, gente que percorre outros caminhos. E isso é bom. Não só porque o Não pode sair vitorioso (objectivo principal) , mas também porque pode ser a capacidade de diálogo a desempatar. Depois de tantos anos a falar do aborto, o discurso extremista já conquistou quem tinha a conquistar. Agora, acredito eu, a argumentação franca tem a sua grande oportunidade. Vamos decidir isto em consciência, para além dos chavões e da demagogia?
26 Comments:
"Vamos decidir isto em consciência, para além dos chavões e da demagogia?"
Serás capaz?
"Vida no Ventre" um documentário da National Geographic
http://www.apfn.com.pt/documentario/
"Vida no Ventre" um documentário da National Geographic
(DVD ainda não disponível no mercado!)
E apresentação:
[url=http://www.apfn.com.pt/documentario/No%20princípio,%20somos%20assim.pps]No princípio somos assim[/url]
Camilo
bluesmile
Vou tentar, pelo menos.
Gostava que levantassem a problematica do ponto de vista da pergunta...
Estes anos todos (desde o ultimo referendo) insiste se na descriminalização/despenalização para as mulgeres poderem usar o aborto como método contraceptivo, e lembro me de imagens da Odete Santos, a defender aquelas mulheres que (em Aveiro? Setúbal? Leiria? não me lembro...) iam ser julgadas plo aborto...
Ora, o que vai acontecer a alguem que aborte às 12 semanas? A lei vai passar a dizer 10 semanas, portanto com 10 semanas e 1 dia, a pessoa tem de ser criminalizada, pois a lei não permite que o aborto se realize, certo?
Outra das perguntas que acho pertinente é: como se consegue saber ao certo quantas semanas tem o feto? Nesta altura (cerca das 10 semanas) já o feto tem formas humanóides, e portanto mais uma semana, menos uma semana faz muita diferença na formação do feto, e se há muita gente que vota sim, porque pensa que "afinal é só um punhado de células" muitas há que se souberem o real estado do feto às 10 semanas, votaria não...
Acho que são questões importantes que não se vêm ser levantadas pelos movimentos em defesa do não.
a questão das 10 semanas não ser crime, mas às 11 já ser, é fundamental. Já que este tecto de 10 semanas é marcado apenas para que não se possa fazer um aborto às 20/30 ou 35 semanas, porque se isso fosse possível por lei, as pessoas de tão chocadas, votariam não. Assim, mantendo se um limite baixo(?) as pessoas não têm essa percepção...
É pena que se vote não em consciência, mas em simpatia pelo que é "moderno" ou fácil...
Não percebo de onde vem tanto choque por uma mulher que aborte com 10 semanas e 1 dia seja penalizada.
A mim choca-me penalizar uma mulher que aborte um feto com 1 semana!
Estabelecer este limite é dar opurtunidade às mães que querem abortar (sim, há razões justificáveis que levam uma mãe a querer abortar.
Uma rapariga de 14 anos que fique gravida, que vive em plena pobreza, em quem o pai bata...É moral dizer-lhe para não abortar? Eu creio profundamente que não.
Mas por eu não achar que se deve andar a matar fetos é que defendo que se deve estabelecer um limite. O limite encontrado foi o das 10 semanas.
Não me respondam que a solução para este problema é ensinar o planeamento familiar a esta rapariga. Todos sabemos que estas iniciativas demoram tempo a ser postas em prática e a surtir verdadeiro efeito. Não me respondam que a solução é dar os bebés para instituições. 1º pq se esquece daquilo q as pessoas passam durante a gravidez (por muitas instituições a ajudar, n são eliminados os problemas. 2º pq s todos os bebes ate agora abortados estivessem a cargo d instituições n conseguiamos responder as necessidades.
Uma mulher que aborte deve ser penalizada? Se acham que não, votem não. Obviamente penaliza quem aborte passadas 10 semanas, mas tb n podemos permitir q o aborto s torne um acto banal. (e n me respondam q despenalizar torna banal, pq estao a pensar as gravidas apenas como um 'bando de futeis')
Um abraço
Se se sabe que o pai bate o que evidência mau funcionamento familiar e maus tratos, não terá que haver outras soluções para essa rapariga que não o aborto. Será que não poderá haver mesmo?
A solução deveria começar por resolver o problema dos maus tratos ou vamos deixar que continuem depois de saber que existem?
Até para a miúda é mau.
Não podemos deixar que se volte aos tempos em que qualquer criança estava na total dependência do pai. Dele dependia que vivesse ou morresse.
Se agora abrimos o caminho do aborto a pedido, depressa chegamos ao desprezo pela vida humana. Seja de fetos, seja de pessoas dependentes.
Abismo atrai abismo.
Apoiado, ver para crer!
Sim senhor, a VIDA, o bem mais precioso e defendê-la de todos os males, o maior acto de amor.
Se não, depressa se caminha para o abismo em que tudo perde o controle e se desmorona, em que tudo deixa de fazer sentido - e é num instante, aos poucos aos poucos, lá estamos no caos.
Sem estar a comparar, as guerras também começaram por "pequenas grandes coisas" e tomaram as proporções que tomaram e sabe-se lá onde vão parar, ou melhor, imagina-se...
Para quem tem lido o que aqui tenho escrito no post do Papel das Emoções, se por acaso alguém leu ou se vai ler, gostava que ficasse bem claro que não há indecisão na minha opção de voto e que não sou fora da lei.
Mas, considerando tudo o que eu escrevi sobre os meus pontos de vista, este refrendo é uma "esparrela" quer para quem vote sim quer para quem vote não.
É que, e falo por mim, jamais poderei compactuar que se permita aniquilar uma vida destacando este caso conreto das 10 semanas que já se sabe e já se sente que está em desenvolvimento. E aqui envolve não só a decisão da mãe e/ou pai, mas também de terceiros e de técnicas terrivelmente atrozes. Perante a lei que querem ver aprovada, é justo que terceiros fiquem impunes? A mãe, atendendo a determinadas circunstâncias em que se encontre não pode ser a mais responsabilizada pois está numa situação de vulnerabilidade. Aqui excluo as mulheres e homens também, que acham que não nasceram para ser mães ou pais - há muita gente que decide friamente que não quer aquele filho e pronto. Muitas vezes só por capricho acontece o que já se sabe. Quantas e quantos há que acham que não nasceram para ser mães ou pais e não querem mesmo e têm um acidente de percurso? Mesmo com informação, mesmo tendo recursos e apoio para criar aquele filho? tudo bem que os métodos falham, a criança poderia não se sentir desejada, mas quem pode garantir que uma criança vai ser mais ou menos feliz? Se estiver tudo planeado para que seja feliz, se for essa a vontade dos pais,... isso garante que não vai haver problemas? Seria um grande número de mortes, para não falar de outros casos em que se poderia mesmo evitar uma gravidez. Não seria mais fácil decidirem acabar de forma radical com a possibilidade de terem filhos? Há tantos métodos para isso! É só ir a uma clínica ou a um hospital e evitam logo maiores sofrimentos. Já que é ponto assente que não querem mesmo ter filhos...Para isto não é necessária nenhuma lei nem que ninguém vá preso. É só uma sugestão mas que diminuiria drásticamente o número de abortos e evitava o dilema de decidir tirar ou não a vida a um filho acabado de conceber.
Para estes e estas, o aborto seria desnecessário e nunca seriam penalizadas logo não precisariam de se preocupar com o resultado do referendo.
Para as mães que estão numa real situação de vulnerabilidade terão que existir suportes e apoios como também já tinha referido, esclarecimentos, alternativas, ajudas efectivas e isso é possível quando as pessoas se unem e estão efectivamente empenhadas e envolvidas numa causa.Mas, não posso deixar de votar porque acho que permitir a despenalização do aborto não resolve em nada a complexidade de toda a problemática envolvida e por outro lado só poderei ser a favor do SIM À VIDA. Não posso compactuar em que se mantenham mentalidades e intervenções que não dêem resposta eficaz. Há muito a mudar e que não precisa ser a longo prazo, pode ser já. Assim, o aborto não será decerto uma opção. Noutros casos,em que como já referi - a mulher ou homem acha que não nasceu para ser mãe ou pai; um filho vai atrapalhar na progressão da carreira,etc - a ser aprovada a lei, que evitem mas de forma radical já que não querem mesmo ser pais. Assim evitam ser sujeitos a uma pena. É só uma sugestão mas era um grande acto de humanidade e de honestidade, considerando que esta é causa de muitos abortos. Haveria certamente um decréscimo no número de mortes e a mulher evitaria sujeitar-se a uma intervenção tão humilhante como submeter-se a que lhe façam um aborto.
X.
Achei este Blogue muito interessante
Tomei a liberdade de o adicionar ao meu Blogue. Espero que não se importem.
Sugiro que visitem
http://violada_mas_nao_
vencida.blogs.sapo.pt/6198.
html
Bem hajam
Alexandra Caracol
Bem-vindo, David!
Espero que consigamos manter esse tom e essa intençäo.
Basta consultares um bom Dicionário.
Vejam esta imagem por favor, que se encontra em:
http://photos1.blogger.com/blogger/5631/772/1600/aborto.2.jpg
(encontrei por acaso e não fazia ideia)
No mínimo chocante (desculpem-me); e "creio" que ninguém é a favor disto! Não encontro palavras, indescritível!
Dá um aperto no coração, um nó na alma...
Ele/a pediu ajuda, à sua maneira, quando estava a morrer... mas ninguém viu... (e já era tarde de mais. O mal já estava feito)
(não é lamechice, é a realidade)
X.
Tens ideia quantas semanas tinha o feto da imagem que indicaste?
Sugiro a todos que investiguem qual será a idade do feto da imagem indicada pelo X. Tenho um estimativa que divulgarei, mas acho que se queremos usar imagens temos que ser suficientemente cuidadosos para saber do que estamos a falar.
Com este tempo de gestação a técnica é esta; com outro tempo de gestação despedaça-se o corpo em pedaços; com outro ainda, mal se vê o resultado.
Mas não vai tudo dar ao mesmo?
É sempre no mínimo chocante.
O valor da vida humana está acima de qualquer outro!
X.
"Mas não vai tudo dar ao mesmo?"
Não, não vai! E a mim choca-me que isto seja apresentado de forma tão descuidada.
"O valor da vida humana está acima de qualquer outro!"
Não, não está. E se fosse necessário recorrer à mistificação para defender o não estaríamos muito mal. O problema de uma parte dos defensores do não é que julgam que os fins justificam todos os meios, descredibilizando os defensores do não e apoiando indirectamente o sim.
O SIM E O NÃO, NÃO INTERESSA.
Isto não tem interesse se for transformado numa competição a ver quem ganha.
Isto não é um jogo.
É a defesa de uma vida e encontrar soluções para minimizar ao máximo as causas principais que levam a mulher a abortar.
X.
Apresentar uma imagem sem ter ideia do que ela representa não tem a ver com as causas que levam a mulher a abortar.
Nem eu relacionei uma coisa com a outra.
No entanto, volto a insistir: "a defesa de uma VIDA e encontrar soluções para minimizar ao máximo as causas principais que levam a mulher a abortar." - esta deveria ser a essência da consciência de todos para que a prática do aborto fosse reduzida ao máximo.
Quanto à imagem não fazia ideia que imagens destas circulassem tão livremente na internet; como disse, encontrei-a por acaso. Mas sei que o resultado é um aborto. E não quero investigar mais sobre isto, basta-me o que já sei (e que preferia não saber). Nem compreendo nem aceito. Decididamente! (E por norma até nem sou nada radical, sou bastante tolerante dentro de certos limites, lógico).
Se não sabe o que a imagem representa e quer mesmo saber, há muitas formas de se informar. Não sou eu que lhe vou dizer. Pesquise.
X.
"Se não sabe o que a imagem representa e quer mesmo saber, há muitas formas de se informar. Não sou eu que lhe vou dizer. Pesquise."
Caro X
Se não sabe qual a relação entre a imagem e este debate, porque trouxe a imagem para o debate? Ou aceita a primeira imagem que lhe mostram e fica tão chocado que deixa de considerar necessário pensar? E estou a partir do princípio de que está de boa fé. Senão até poderia pensar que, à falta de argumentos e factos, quer apenas chocar com uma imagem que sabe que está fora de contexto. E quando lhe pedem explicações foge do assunto.
A imagem fala por si.
De qualquer forma podia divulgar a tal estimativa que ia fazer e divulgar
x.
"A imagem fala por si."
Não fala, não.
"De qualquer forma podia divulgar a tal estimativa que ia fazer e divulgar"
O feto tinha pelo menos 15 semanas.
Espero que não tenha dito à sorte.
Mas não me vou pronunciar mais sobre isso.
Até porque coloquei a imagem sem intenção de chocar no sentido de achar que as pessoas são insensíveis a isto (pois acho que ninguém é) nem de provocar ou espicaçar mais o "debate". Não queria que se pensasse que me servi da imagem para isso. (Mas podem pensar o que quiserem; o que me importa é que sei que não foi por mal que a coloquei. Mas admito que foi de certa forma exagero e que não é isso que se pretende com este blog).
Encontrei a imagem quando estava ler um post sobre uma opinIão contra a prática de aborto e de repente aparece na sequência esta imagem, entre outras ainda mais...(sem comentários) - não vou descrever a minha reacção mas seguiu-se uma indignação indescritível.
Mas, como disse, não vou pronunciar-me mais sobre isto.
X.
X
"Espero que não tenha dito à sorte."
Não disse à sorte. Pela imagem fiz uma estimativa do comprimento do feto, desde a cabeça ao rabo. Cheguei a um valor de 14 a 16 cm, supondo que a mão que se vê é de um adulto. Usei depois dois gráficos com a relação entre o número de semanas de gravidez e a dimensão do feto (um de uma ecografia feita em Lisboa e outro de uma revista francesa). Às 15 semanas a distância do topo da cabeça ao rabo é aproximadamente 10cm, podendo chegar aos 11cm. Para ter 14 cm o feto deveria ter mais de 15 semanas.
Se, além disso, a imagem for de um aborto provocado por injecção salina, o feto deveria ter mais de 16 semanas.
Cá está um bom exemplo de DEMAGOGIA.
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