Razöes do Näo

No próximo referendo sobre o aborto votaremos Näo. Aqui se tenta explicar porquê.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Chegar ao Não por outros caminhos

Com um ponto de partida totalmente distinto do meu, há quem possa vir a chegar à mesma opção no dia do Referendo.

"Isto não é o acessório - isto é o essencial. Estar grávido não é uma doença. E só em casos excepcionais, aliás já previstos na lei em vigor, é que pode ser considerado um problema de saúde. E não o sendo, e havendo centenas de milhares de pessoas que estão efectivamente doentes sem terem da parte dos hospitais públicos a resposta que lhes é devida, é uma obscenidade ocupar salas de cirurgia e tempo médico com interrupções da gravidez. À pergunta do referendo eu votaria "sim". Mas se envolverem equipamentos do Estado no processo a minha resposta será, inevitavelmente, "não". "

(José Miguel Tavares,«Por favor, discutam comigo» in DN - 21-10-2006; ler artigo completo aqui.)

4 Comments:

Blogger Confessionário said...

Caros amigos, achei interessante o texto de um jovm que frequenta o 8º ano de escolaridade. Foi-lhe pedido na aulda de Português que realizasse um texto argumentativo, e ele escolheu sobre o aborto. Gosei do resultado final... e gostei de perceber que isto não é só assunto para ser debatido entre adultos.
Passem pelo Fides intrepida:
http://fidesintrepida.blogspot.com/2006/10/o-aborto.html

2:11 da manhã  
Blogger maria said...

(Eu dizia que não me metia nesta discussão...)

Pois este argumento, não me colhe simpatia nenhuma. É ignorância minha, ou a maior parte dos abortos são terapeuticos e não cirúrgicos?
Depois, acredito que só quem tenha baixos rendimentos, vai recorrer aos serviços públicos. Mas isso não incomoda nada o dito senhor, pois não? Sendo essas pessoas mais vulneráveis, talvez fosse a situação ideal para tentar explicar que o aborto não é contraceptivo e inserir essas pessoas num mais eficaz planeamento familiar.

E depois, merda! Ao tal senhor não lhe interessam os problemas filosoficos nem metafísicos, só a questão do dinheiro dos seus impostos (coisa que os nossos bispos também falaram).

Pois bem, eu que estou num imbróglio de ansiedade porque pela tal ineficácia do SNS, não sei ainda qual é o meu problema de saúde, seria a questão que ele levanta que eu colocaria em último lugar. Até porque o cu não tem nada a ver com as calças, os serviços que tratam cancros não vão fazer abortos. Mas que porra de demagogia é esta?

2:08 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Por este raciocinínio, e como bem diz a Inês Pedrosa, não podem entrar nos hospitais os cirróticos, infectados com HIV por via sexual, os suicídas e por aí fora!

Haja respeito, avceito muitos argumentos, mas dizer: com o meu dinheiro não, é apenas maldade pura... aliás, sinto o mal neste blog

2:44 da tarde  
Blogger BLUESMILE said...

Sim,M.C, há argumentos de maldade pura, sem mais.
Começo a estar farta deles.

3:25 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home