Apresentaçäo
A marcação de um novo Referendo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez volta a trazer à actualidade o debate e o confronto de opiniões sobre o aborto e tudo o que ele envolve.
Quem defende o "SIM" pode ter muitas e razoáveis razões que tornam compreensível a sua posição, sem que se devam reduzir à categoria de "pró-aborto". Quem defende o "Não" encontra muitos e variados fundamentos para as suas convicções, sem que possam, no entanto, reduzir-se à categoria de "pró-vida".
Neste debate, transversal à sociedade portuguesa, virão ao de cima argumentos de carácter científico, ideológico, religioso, ético, político, social, cultural e económico. Uns e outros esgrimirão razões como se de evidências se tratassem. Uns e outros cairão em simplificações perigosas.
Neste problema, como aliás em tudo na vida, a realidade não é a preto e branco. Mas também é verdade que, no dia do Referendo, tudo se resume a um SIM ou a um NÄO.
Este blogue, de fim anunciado para o dia seguinte à consulta popular, pretende ser um espaço de esclarecimento, comprometido com uma intenção de voto. Defende o Näo.
Aqui se recolherão textos informativos, opiniões e reflexões de gente unida nessa intenção de voto, mas díspar na sua ideologia, filiação política, religião e em tudo o mais que possa conformar a cosmovisão de cada um.
Quem defende o "SIM" pode ter muitas e razoáveis razões que tornam compreensível a sua posição, sem que se devam reduzir à categoria de "pró-aborto". Quem defende o "Não" encontra muitos e variados fundamentos para as suas convicções, sem que possam, no entanto, reduzir-se à categoria de "pró-vida".
Neste debate, transversal à sociedade portuguesa, virão ao de cima argumentos de carácter científico, ideológico, religioso, ético, político, social, cultural e económico. Uns e outros esgrimirão razões como se de evidências se tratassem. Uns e outros cairão em simplificações perigosas.
Neste problema, como aliás em tudo na vida, a realidade não é a preto e branco. Mas também é verdade que, no dia do Referendo, tudo se resume a um SIM ou a um NÄO.
Este blogue, de fim anunciado para o dia seguinte à consulta popular, pretende ser um espaço de esclarecimento, comprometido com uma intenção de voto. Defende o Näo.
Aqui se recolherão textos informativos, opiniões e reflexões de gente unida nessa intenção de voto, mas díspar na sua ideologia, filiação política, religião e em tudo o mais que possa conformar a cosmovisão de cada um.
4 Comments:
Gostei muito desta introdução. Mostra vontade de discutir. Concordo também que a realidade não é a preto e branco. E acho que um "sim" ou um "não" são respostas parcas para uma questão muito complexa.
Aliás, tenho pena que não se esclareçam algumas coisas ANTES desta discussão. É que antes de começarmos a discutir isto, já deveria haver um maior apoio às mulheres grávidas que dele necessitem. E já não deveria haver pena de cadeia para quem aborte. Mas pronto, a realidade é como é, e temos de responder "sim" ou "não" a uma questão com muitas alíneas. Coisas do mundo.
Mais um comentário. A pergunta está mal feita. É que quem vota não, vota implicitamente a favor de penas de cadeia para quem aborte. Quem vota sim, vota implicitamente no não apoio às mulheres grávidas. Faz-se uma pergunta às claras, e aparecem outras às escuras. As questões misturam-se.
Obrigado /me,
Este é um assunto que me incomoda. Porque parece sempre que temos de reduzir a nossa posiçäo a um sim ou näo...e näo é nada assim. Há muitas questöes aqui misturadas.
Por outro lado, parece que se querem juntar os que defendem o näo num "saco" só, como se fossem de um grupo coeso em que houvesse pensamento único.
Espero que ajudes aqui na conversa...
Manuel, estás a ser um verdadeiro "desbloqueador de conversa". ;)
Sabes? Eu sou pelo não à alteração da lei. Mas não sou pelo "não ao aborto" no sentido em que os políticos o vão entender. Um não que permita não mudar nada. Porque algo precisa de mudar.
Enfim, creio que estamos em sintonia.
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